quarta-feira, 25 de março de 2015

Primeiro ano de gestão da Ecoflor

         Nos próximos meses serão realizadas entrevistas com as gestões que já passaram pela Ecoflor. Para começar, foi feito uma entrevista com o primeiro Diretor Financeiro da empresa. Leandro de Almeida Salles, mestre em Engenharia Florestal, falou um pouco sobre a história da Ecoflor e como a primeira gestão da empresa. 

ECOFLOR: O que motivou vocês a montarem uma empresa júnior? Qual foi o principal motivo? Como vocês chegaram nessa decisão? 


LEANDRO: O grupo tinha o interesse comum em aplicar os conhecimentos adquiridos no curso de Engenharia Florestal e ao mesmo tempo tínhamos interesse em sermos empreendedores. Acredito que todos os membros fizeram a disciplina “Introdução a Atividade Empresarial” que, entre outras coisas, nos deu diretrizes de como elaborar um Plano de Negócios e nos proporcionou interação com o Centro de Desenvolvimento Tecnológico o qual incentivava a criação de Empresas Junior na UnB. 
      Vale mencionar que o Marcos Guimarães veio de transferência da Universidade Federal de Diamantina cujo curso de Engenharia Florestal estava nesse movimento de Empresa Junior. Assim, ele estava muito empolgado com o processo e incentivou o grupo.
           Nesse contexto, tivemos a iniciativa de criar a ECOFLOR.


E: Quais foram as principais barreiras encontradas para montar a empresa? Como foi essa superação?

L: A partir da vontade do grupo e da ideia concreta em criar uma Empresa Júnior, a UnB nos propiciou os meios para criar a ECOFLOR. Fomos orientados em elaborar um Plano de Negócio para a Empresa Junior da Engenharia Florestal. Assim surgiu, entre outras coisas: o Estatuto; a Logomarca; o entendimento inicial dos possíveis serviços a serem prestados pela nossa Empresa Junior; e o nosso nome ECOFLOR. 
       Na medida em que o Plano de Negócio estava sendo elaborado, fomos conhecendo o procedimento administrativo dentro da UnB necessário para criar a ECOFLOR. Também haviam diversas demandas externas como o registro do estatuto, a própria obtenção do CNPJ, contador. 

E: Qual foi a reação do departamento com relação a empresa? Eles receberam bem a ideia? Apoiaram de primeira?

L: Com o entendimento do processo, traçamos a estratégia necessária para lidar com o Departamento de Engenharia Florestal, que deveria aprovar a criação da ECOFLOR em colegiado e que deveria ceder espaço físico para a sede da ECOFLOR. 
       Inicialmente, conversarmos com alguns professores, entre eles o Mauro, o Volpato e o Humberto, os quais se mostraram favoráveis à nossa iniciativa. Decidimos finalizar o Plano de Negócios para assim apresentá-lo para o restante dos professores na reunião do colegiado. Quando o Plano de Negócios ficou pronto, apresentamos ao colegiado que o aprovou por unanimidade. 

E: Quanto aos professores, como eles reagiram? Eles apoiaram? Quais professores abraçaram a ideia? O que eles fizeram para ajudar?

L: Os professores ficaram muito satisfeitos com a nossa iniciativa e se colocaram à disposição para nos ajudar. Acredito que com o Plano de Negócios, conseguimos transmitir ao colegiado uma impressão de que o grupo já estava organizado como Empresa Junior, pois tínhamos, entre outros, logomarca, estatuto, objetivos e, principalmente, que a ECOFLOR seria importante para o desenvolvimento profissional e para formação dos estudantes de Engenharia Florestal. 

E: Quanto aos alunos, a empresa foi bem recebida pelos alunos de EFL? Quantos inscritos tiveram o primeiro processo? Os primeiros membros entraram por processo seletivo ou já estavam engajados na abertura da mesma?

L: Acredito que o processo de criação da ECOFLOR foi bem recebido pelos alunos de Engenharia Florestal. Inclusive, antes mesmo do primeiro processo seletivo, um grupo de alunos especialistas em inventário florestal e dendrologia ajudou a ECOFLOR no Projeto de inventário florestal em Minas Gerais. Se não fosse a ajuda desses alunos na coleta de dados, a ECOFLOR teria tido dificuldades em finalizar esse projeto.
        Os primeiros membros da ECOFLOR foram os próprios sócios fundadores. Quanto ao primeiro processo seletivo, não lembro dos detalhes do número de inscritos e não participei efetivamente do processo. Nesse período, já estava finalizando a minha contribuição como membro da ECOFLOR em virtude da proximidade da minha formatura.

E: Como foram feitas as divisões das diretorias? vocês tinham alguma ideia de como organizar e das funções e obrigações de cada uma? de que forma conseguiram as informações?

L: Diretor Presidente: Bertholdo Dewes
Diretor Administrativo: Marcos Guimarães
Diretor Financeiro: Leandro de Almeida Salles
Diretor de Marketing: Diego Sampaio Martins
Diretor de Recursos Humanos: Giancarlo Chelotti
Diretor de Projetos: Caio César Teobaldo
Conselheiro Fiscal: Mateus Campos
       Entendemos que as funções e obrigações de cada uma das diretorias estava no nosso Estatuto. Assim, buscávamos dividir as tarefas conforme as competências de cada diretoria. Lógico que os membros se ajudavam e eram proativos. 

E: Vocês conseguiram projetos após quanto tempo depois da criação da empresa?

L: Não me lembro exatamente. Porém, me lembro que as coisas foram acontecendo paralelamente. 

E: Tem mais algum ponto da história da Ecoflor que você acha importante que saibamos?



L: Como atualmente sou conselheiro no CREA/DF representando a Associação dos Engenheiros Florestais do Distrito Federal, gostaria de ressaltar aos membros da ECOFLOR e demais estudantes de Engenharia Florestal sobre a importância da articulação entre os estudantes e os Engenheiros Florestais por meio de entidades de representação professional.

        Quanto mais organizados os profissionais de Engenharia Florestal estiverem, mais voz teremos para reivindicar as demandas da nossa profissão. Precisamos criar o máximo de Entidades Profissionais de Engenheiros Florestais com no mínimo 30 profissionais para assim termos mais conselheiros estaduais representando os Engenheiros Florestais no CREA/DF. Além disso, precisamos continuar o processo de resgate da AEF/DF que foi criada em 1978. 
        Por isso, temos que caminhar juntos: profissionais e estudantes de Engenharia Florestal. O CAEFL, a ECOFLOR, e a AEF/DF devem estar juntos na organização de eventos. Exemplos como a Semana Acadêmica de Engenharia Florestal de 2014, a qual foi organizada pela ECOFLOR o CAEFL e a AEF/DF devem virar rotina. 

       O Sistema beneficia aqueles que estão organizados. Desse modo, acredito que a comunidade florestal deve estar unida pela Engenharia Florestal no Distrito Federal.

       Desde de 2011 a legislação federal deixa claro ser competência dos Estados da Federação a Gestão dos Recursos Florestais. Desse modo, cabe ao Distrito Federal realizar, desenvolver e executar as Políticas Florestais. Nesse cenário favorável ao crescimento da Engenharia Florestal no Distrito Federal, temos que ocupar os espaços que são da nossa profissão e buscar apoio para políticas de desenvolvimento florestal.
      Por último, gostaria de mencionar que hoje, 10/03/2015, a Gerência de Gestão Florestal do IBRAM/DF recebeu um Relatório de Plantio de Compensação Florestal feito pela ECOFLOR. Isso demonstra que a ECOFLOR está proporcionando aos alunos da Engenharia Florestal da UnB inserção no Mercado de Trabalho. 




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